As dores de estômago são contínuas
parecem agulhas que me trespassam
são relâmpagos que me encolhem o corpo
E o sangue borbulha fervilha e espirra
pelo chão onde escorrego e caio
A minha cabeça anda a roda
Surgem fotografias da minha vida
Tão traquina que era, tão estúpido que sou
Fotos de mulheres que tratei mal
Animal despido de sentimento, homem cru
Flash de uma vida sem sentido
carregada de caminhos sem fim
Vejo a família que renego
orgulho, comodismo ou simplesmente nada
Nada nado em marés vivas
O sangue cai me em bolsas escuras
fios sem fim que finam em derrames
Reviro os olhos ate olhar para mim próprio
quem sou, quem és
Existência amarga, solidão sem perdão
Descuidado, descrente, desacreditado
Já não me conheço, amnésia em voz alta
olha para mim de cima
Formiga sem buraco
Caracol sem casa
Pano
Mordaça
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