Pântano

Assim voa a areia em pequenas espirais
espalhando um pouco por todo o lado suas sementes
fazendo crescer graus fechados oblíquos tornados
espasmos golfadas de memorias, isso não existe?
Branda aos céus de mãos abertas e grita agonizado
como se preso estivesse ás raízes que compõem o pântano
a água está suja e esconde os mais diversos perigos
sublime névoa fria existência que padece de aconchego
levanta as mãos ergue-as não fales não peças
mergulha sim de olhos fechados com medo de os abrir
mas não abras deixa te levar na espiral
os grãos de areias escapam por entre os dedos
levanta as mãos ergue-as não fales

1 comentário:

BMFB disse...

intrigante... muito imagético e metafórico.