Ácido

Ácido ácido ácido
derreto em brando lume caldeirada confusa
de cores tingidas de negro
desbotada loucura e auto delinquência
que sobe em escadarias encaracoladas
que não vão dar a lado nenhum.
Nenhum homem é preso ao que se diz
nenhum homem é uma esfera limada
castrada vontade, angustia, verdade
derretem faces derretem mãos
fluem,escoam pelas sarjetas
de uma cidade apagada de calor
acesas de falsos pretextos e ousada influencia
Ousada?lavada de sujo que limpa e destrói
a construçao do ser de cada um
que é o que deseja ser,se ser o é
não sou,e apago a luz que é vida
constante que morre mas deixa
morre pois fecha os olhos
não,não há costumes nem hábitos
simplesmente vontades
que crispam na fogueira, uma chama
um pensamento,um olhar para o futuro.
Ácido ácido ácido
Eu me lavo e levo, elevo, caio, levanto, deito
acordo, durmo, um soco na esfera.

1 comentário:

BMFB disse...

numa estão 4 ou 5 poesias, mas o fim está tão bom, que lhe dá um nexo e a torna una outra vez!