Céu

E o tempo vai passando mas a dor vai se mantendo
Chorei muito, gritei mais, mas ela não vai, ela persiste
É um vazio que se formou bem no meu interior
Um vazio que me derrete devagar, bem devagar
Naquele dia a minha existência quase deixou de existir
Passei a ser um furo no tempo uma roda vazia
Um pássaro sem canto.
O meu telhado partiu-se, era de vidro
Agora não sei onde vou, onde fico
Porque vivo.
Estendo os braços ao céu e deixo a chuva lavar o meu rosto
Marcado pelas lágrimas, marcado pela tristeza
Os meus olhos vermelhos já não têm o tal brilhar
Levaste tudo, tudo.


2008

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